sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Interessante.

O que me interessa no amor, não é apenas o que ele me dá, mas principalmente, o que ele tira de mim: a carência, a ilusão de autos suficiência, a solidão maciça, a boemia exacerbada para suprir vazios. Ele me tira essa disponibilidade eterna para qualquer um, para qualquer coisa, a qualquer hora. Ele apazigua o meu peito com uma lista breve de prós e contras. Mas me dá escolhas. Eu me percebo transformada pelo que o amor tirou de mim por precisar de espaço amplo e bem cuidado para se instalar. O amor tira de mim a armadura, pois não consigo controlar a vulnerabilidade que vem com ele; tira também a intransigência. O amor me ensina a negociar os prazos, a superar etapas, a confiar nos fatos. O amor tira de mim a vontade de desistir com facilidade, de ir embora antes de sentir vontade, de abandonar sem saber por quê. E é por isso que o amor me assombra tanto quanto delicia. Porque não posso virar as costas pra uma mania quando ela vem de uma pessoa inteira. Porque eu não posso fingir que quero estar sozinha quando o meu ser transborda companhia. O amor me tira coisas que eu não gosto, coisas que eu talvez gostasse, mas me dá em dobro o que nunca tive: um namoramento por ele mesmo. O amor me tira aquilo que não serve mais e que me compunha antes. O amor tirou de mim tudo que era falta.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

(Re)Viver.

Por muito tempo tentei viver de saudade, mas percebi que viver de saudade é muito pouco pra quem tem muito tempo pela frente, tempo pra recomeçar.
É deixar que o tempo se vá e a vida se encarregue de tudo.
Mera ilusão. A vida nada mais é que o resultado da ação de nossos sentimentos e desejos.
Por mais que você se esquive,basta o contato com algo passado pra reviver...daí então,já se foi todo o esforço pra um futuro.Algumas pessoas não resistem a lembranças.

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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

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Você já parou pra pensar no que Deus pode fazer por você?

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Falando nisso.

O ideal é que tudo que passar pela sua cabeça possa ser dito pela sua boca.


Que você possa falar tudo e não se importe com o uso daquilo que foi dito. Para conseguir isto é preciso fazer a cabeça pensar reto. E não fechar a boca.

Mas vigiar o que vai dizer, para que o que disser corresponda ao que você é.

Corresponda à sua verdade.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Pais e Filhos.

Amor de família é o que mais há de forte e confuso.
Em qualquer discórdia há maior desapontamento,e nos distanciamentos,
saudade,arrependimento.
Você tem total direito de criticá-los,fazer o que quiser com a raiva que sente.Mas é só outra pessoa assim fazer,que logo se torna o melhor dos defensores.
São os que tantas vezes você nem se quer olha,mas os únicos que estão quando muitos não te enxergam.
Os que chateiam nos mínimos detalhes,mas amam em grandes atos.
Os que te cobram tantos e te aceitam mesmo sendo o que se é.
Talvez seja assim,por tantas discrepâncias,o motivo incondicional de tal sentimento.